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sexta-feira, setembro 13, 2024
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Oposição denuncia violações contra presos do 8 de Janeiro em Brasília

Relatório da oposição foi entregue ao representante permanente do Brasil na ONU. (Foto: Divulgação)             |         O Sul 

Um grupo de congressistas viajou para Nova York, nos Estados Unidos, para denunciar à ONU (Organização das Nações Unidas) supostas “gravíssimas violações dos direitos humanos” contra os cerca de 1.500 presos pelos atos extremistas do 8 de Janeiro.

A comitiva é integrada pelos senadores Carlos Portinho (PL-RJ), Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES) e o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RJ). Eles se reuniram na sexta-feira (21) com o embaixador do Brasil na organização internacional, Sérgio França Danese.

No encontro, entregaram um relatório de 50 páginas em que relatam violações dos direitos humanos contra os presos pela invasão dos prédios dos Três Poderes em Brasília.

O texto fala em “gravíssimas violações dos direitos humanos de cerca de 1.500 cidadãos brasileiros perseguidos, presos e submetidos a tratamentos desumanos, ilegais, inconstitucionais e incompatíveis com os preceitos estabelecidos em tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, dentre os quais o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos”.

Além disso, o grupo apontou irregularidades nos procedimentos jurídicos instalados contra os presos, inclusive, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A nota também afirma que “passados mais de sete meses do ocorrido, os pedidos de liberdade provisória, acesso aos autos, às provas, às imagens das sedes dos três poderes, à avaliação de junta médica, à prisão domiciliar em decorrência de comorbidades, extensão da área de monitoramento e de possibilidade de trabalho, feitos à Suprema Corte do país, órgão de jurisdição máxima, e demais órgãos de direitos humanos, vêm sendo ignorados”.

Algumas das violações relatadas são referentes aos abusos cometidos no ginásio da Polícia Federal, onde permaneceram os presos do dia 8 de janeiro, sem assistência médica, alimentação ou acesso a banheiros, mesmo que com a presença de crianças e idosos. Além disso, o grupo alega que o STF é incompetente para o julgamento dessas pessoas (por não terem foro privilegiado e serem colocados em um inquérito que não tem prazo para terminar), e que os defensores dos presos apontam constante falta de acesso aos autos, com inúmeros pedidos ignorados.

Também indicam a prisão ilegal, ausência de voz de prisão, tratamento desumano, atraso demasiado para realização das audiências de custódia, falta de acesso a medicamentos, direito às sustentações orais suprimido, uma vez que a manifestação oral dos defensores foi substituída pelo recebimento de vídeo gravado, ignorado pelo Ministro; além da ausência de prova nos autos, impedimento de acesso às imagens das áreas internas e externas do dia 08 de janeiro, excessividade das medidas cautelares impostas e a manutenção da prisão mesmo presentes os requisitos para que respondam o processo em liberdade.

Segundo Girão, “todos precisam saber o que está ocorrendo no Brasil”. Cidadãos são submetidos a “provações inimagináveis, com sistemático desrespeito à Constituição por aqueles que deveriam ser seus primeiros guardiões”, afirmou a jornalistas, antes de embarcar para os EUA.

O documento entregue ao embaixador do Brasil na ONU foi assinado por cerca de 100 congressistas, de acordo com Girão. O senador disse que o grupo também pretende recorrer à OEA (Organização dos Estados Americanos) e outras organizações internacionais.

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