Durante a 8ª Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), ocorrida em Kingstown, São Vicente e Granadinas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve um encontro discreto com Nicolás Maduro, líder venezuelano. Este encontro, que durou aproximadamente uma hora, foi apenas um dos vários compromissos do presidente brasileiro, que também incluíram uma conversa com Luís Arce, presidente da Bolívia, e outras autoridades influentes, como António Guterres, secretário-geral da ONU.
Questões relacionadas ao desenvolvimento regional e interesses comuns estiveram em destaque na agenda de Lula, com assuntos sensíveis, como o conflito territorial de Essequibo, sendo deixados de lado, mesmo diante das tensões provocadas pelas ameaças de invasão venezuelana. Durante as conversas, Lula enfatizou a disposição do Brasil em discutir questões relevantes, com ênfase no desenvolvimento e investimento.
Durante sua participação na Celac, Lula retomou suas críticas às ações de Israel em Gaza, caracterizando-as como genocídio, e pediu uma resposta coletiva dos países membros em relação à punição imposta ao povo palestino. Ele propôs uma moção para o fim imediato dessa violência, instando António Guterres a acionar o artigo 99 da Carta da ONU para alertar o Conselho de Segurança sobre os riscos à paz e segurança internacionais.