O Ministério da Saúde anunciou a incorporação de cinco novos tratamentos para o câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). A medida faz parte do novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para a doença, lançado ontem, que também inclui a videolaparoscopia oncológica como opção cirúrgica minimamente invasiva.
Os tratamentos incorporados incluem:
- Inibidores de CDK 4 e 6: medicamentos que interrompem a divisão celular, aumentando a sobrevida das pacientes;
- Trastuzumab entansina: anticorpo específico que retarda o crescimento de células cancerígenas;
- Supressão ovariana medicamentosa e hormonioterapia parenteral: terapias hormonais com eficácia comprovada;
- Fator estimulador de colônia: suporte para esquemas de dose densa de quimioterapia;
- Neoadjuvância ampliada para estádios I a III: tratamento prévio à intervenção principal para reduzir tumores.
Com a inclusão da videolaparoscopia, o SUS oferece agora uma técnica cirúrgica menos invasiva, que reduz o tempo de internação e as chances de complicações. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) celebrou o avanço, ressaltando que o procedimento é indicado para 60% dos pacientes.
Além disso, o Ministério da Saúde lançou medidas para acelerar o diagnóstico e o início do tratamento. A jornada de atendimento será centralizada na Atenção Especializada em Oncologia, eliminando a necessidade de passar por múltiplas filas de espera. O objetivo é reduzir o tempo médio de diagnóstico e início do tratamento de 18 meses para apenas 30 dias.
Essas mudanças são vistas como passos significativos na luta contra o câncer de mama, que é uma das principais causas de morte por câncer em mulheres no Brasil.