Os preços do trigo no Rio Grande do Sul acumularam uma queda de 27% desde o início do ano até a primeira metade de setembro, segundo levantamento do economista Elcio Bento, da consultoria Safras&Mercado. Essa redução nos preços tem preocupado produtores e entidades do setor, levando-as a solicitar ao Ministério da Agricultura a adoção de instrumentos de política agrícola para garantir preços mínimos para o cereal.
Atualmente, os agricultores estão recebendo em média R$ 59,69 por saca de 60 quilos de trigo, enquanto os valores mínimos estabelecidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2023 são de R$ 87,77/saca para o trigo tipo 1 e R$ 75,19/saca para o tipo 2.
A preocupação não se limita apenas aos preços, pois também há registros de lavouras prejudicadas pelo excesso de chuva no Rio Grande do Sul. Isso tem causado problemas como o acamamento de plantas e a possibilidade de aumento da ocorrência de doenças fúngicas, especialmente nas espigas, o que compromete o desenvolvimento dos grãos e a venda para os moinhos para a produção de farinha.
Apesar dessas dificuldades, a área cultivada com trigo no ciclo 2023 é estimada em 1,5 milhão de hectares, com uma expectativa de colheita de 3.021 quilos do cereal por hectare. As entidades do setor buscam soluções para garantir melhores condições de mercado para os produtores de trigo no estado.
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