A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro terá dois relatórios. O relatório chapa branca, na coerência própria dos governistas, vai ignorar a realidade dos fatos, e sob um viés politico, tentar criminalizar tudo que se relacione com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A oposição no entanto, prepara um relatório alternativo, no qual planeja pedir o indiciamento do Ministro da Justiça, Flávio Dino, e do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Gonçalves Dias.
Eles teriam cometido reiterados crimes de omissão durante as depredações das sedes dos Três Poderes. Além dos crimes de omissão, os acusados também poderão sofrer indiciamento por atos de prevaricação (Prevaricação é o crime cometido por um funcionário público que usa o seu cargo e poder para satisfazer interesses pessoais, atrasando ou deixando de praticar as suas funções de ofício; quando o servidor público não cumpre sua função) .
A elaboração do relatório vem sendo feita pelo delegado da Polícia Federal, ex-diretor-geral da Abin, a Agência Brasileira de Inteligência e agora deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Ramagem foi impedido pelo STF de assumir direção da PF
Para recordar: em abril de 2020, a pedido do PDT, quando o STF era vigilante diante de mínimos sinais de irregularidades cometidas pelo executivo, o ministro Alexandre de Moraes suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da Polícia Federal. A decisão considerou que Ramagem, embora com a qualificação funcional exigida, não poderia assumir o cargo, por ser amigo do presidente Jair Bolsonaro.
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