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Assessores de Dino receberam mulher de líder do Comando Vermelho no ministério

  Conhecida como “dama do tráfico amazonense”, ela esteve em audiências com dois secretários e dois diretores num período de três meses   |   O Tempo / Terra / Revista Oeste/ Veja

O Ministério da Justiça e Segurança Pública confirmou que Luciane Barbosa Farias, conhecida como a “dama do tráfico amazonense” e esposa de um líder do Comando Vermelho, esteve presente em duas reuniões com assessores do ministro Flávio Dino. Ela foi recebida por secretários e diretores dentro do edifício da pasta, em Brasília, nos últimos três meses, mas sua presença não consta nas agendas oficiais.

Luciane, casada com Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas, é considerada o “braço financeiro” da operação do marido e foi condenada por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa. Tio Patinhas, líder do Comando Vermelho, está cumprindo uma pena de 31 anos de prisão.

comando vermelho flávio dino
O traficante tio Patinhas | Foto: Reprodução

O Ministério da Justiça alegou que Luciane integrou uma comitiva, e o setor de inteligência não poderia detectar previamente sua presença. O marido dela é apontado como o “criminoso número um” procurado pela polícia do Amazonas.

As agendas públicas das autoridades geralmente fornecem informações sobre todos os participantes das reuniões, representando uma falta de controle e um possível risco para os servidores. Luciane, em maio, entrou no Ministério da Justiça como presidente da Associação Instituto Liberdade do Amazonas, uma ONG que, segundo a Polícia Civil do Amazonas, atua em prol de detentos ligados à facção Comando Vermelho.

Luciane esteve em audiências com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos de Flávio Dino, e Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais. A falta de conhecimento sobre a presença dela nas reuniões gerou controvérsias, com o ministro Dino afirmando não ter conhecimento das reuniões e jogando a responsabilidade para Elias Vaz, que afirmou ter recebido Luciane acompanhada por outras mulheres para falar sobre vítimas de homicídios.

O chefe da Senappen, Refael Velasco, ainda não se manifestou sobre o encontro.

OUTRO CASO – OUTRA FACÇÃO

‘O PT tinha diálogo com nois cabuloso’, diz preso do PCC grampeado

Escuta telefônica foi transcrita em relatório da PF que desmantelou núcleo financeiro da facção criminosa.  (Veja-2019)

Conversas interceptadas pela Polícia Federal entre integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) levantam indícios de que os criminosos mantinham diálogo com pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores. Os grampos constam em relatório da Operação Cravada, que desmantelou um núcleo financeiro da facção criminosa que agia de dentro de presídios do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

No relatório, a PF reforça que “foram encontrados indicativos de vínculos da organização criminosa PCC com partidos políticos”, mas que neste momento essas informação não são objeto central da investigação.

Uma escuta telefônica, datada de abril deste ano, mostra dois presos conversando pelo celular sobre a transferência de 22 membros da cúpula da facção para o sistema penitenciário federal realizada em fevereiro deste ano numa ação conjunta entre o governo de São Paulo e o Ministério da Justiça. De dentro da cadeia, Alexsandro Pereira, conhecido como Elias, se queixa do papel do ministro da Justiça, Sergio Moro, na remoção dos líderes, que estavam presos em Presidente Venceslau, no interior de São Paulo.

“Os caras tão no começo do mandato dos cara, você acha que os cara já começou o mandato mexendo com nois irmão. Já mexendo diretamente com a cúpula, irmão. (…) Então, se os cara começou mexendo com quem estava na linha de frente, os caras já entrou falando o quê? ‘Com nois já não tem diálogo, não, mano. Se vocês estava tendo diálogo com outros, que tava na frente, com nois já não vai ter diálogo, não’. Esse Moro aí, esse cara é um filha da puta, mano. Ele veio pra atrasar. Ele começou a atrasar quando foi pra cima do PT. Pra você ver, o PT com nois tinha diálogo. O PT tinha diálogo com nois cabuloso, mano, porque… situação que nem dá pra nois ficar conversado a caminhada aqui pelo telefone, mano”, disse Elias, conforme o áudio transcrito pela PF.

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Segundo as investigações, Elias tinha o cargo de “Resumo da Rifa”, uma espécie de tesoureiro que cuidava da mensalidade cobrada pelas lideranças presas aos subordinados na rua. O dinheiro é usado para compra de drogas, para financiar ações criminosas e para dar suporte aos familiares de detentos. No fim do relatório, a PF pede à Justiça a transferência de Elias, assim como de outros onze presos, para o sistema penitenciário federal.

A operação Cravada foi deflagrada em 6 de agosto por determinação da Justiça Federal de Piraquara (PR), onde se localiza uma penitenciária de segurança máxima apontada como “centro de controle” do PCC.


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