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domingo, abril 28, 2024
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A Adaptação do Mercado de Trabalho Brasileiro à Flexibilidade de Horários

Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Stanford revelou que o número de adeptos ao golfe durante os dias úteis, no período da tarde, aumentou em 83% desde 2019. Os economistas responsáveis pelo estudo sugerem que essa tendência reflete os “novos” modelos de trabalho, permitindo que os americanos usem o horário comercial para lidar com tarefas burocráticas e adotar um estilo de vida mais ativo. Contudo, no Brasil, a prática do home office em horários alternativos é aceitável? Como a flexibilidade de horários é percebida no mercado de trabalho?

De acordo com uma pesquisa recente realizada pelo Infojobs e Grupo TopRH, 85,3% dos participantes afirmam que aceitariam propostas de trabalho que oferecessem mais dias remotos. Entretanto, o maior site de empregos do país registra apenas 2,7% das vagas nesse formato. São Paulo (54,8%), Rio de Janeiro (9,6%) e Rio Grande do Sul (7,9%) são os estados mais receptivos a essa modalidade.

Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, destaca que o mercado ainda não se adaptou completamente às transformações sociais recentes. Oportunidades nem sempre alinhadas com as metas e necessidades dos profissionais são evidências desse descompasso. Mesmo empresas que adotam o home office, reconhecendo os benefícios para a qualidade de vida, enfrentam desafios de gestão despreparada. Assim, horários alternativos para atividades profissionais ainda não são bem vistos, com perspectivas desafiadoras, segundo Prado.

A flexibilidade nos horários de trabalho e lazer pode contribuir diretamente para a economia local, incentivando a produtividade dos funcionários, conforme destacado pelos autores da pesquisa de Stanford. Embora a escolha do momento ideal para o trabalho pareça eficaz nos Estados Unidos, a resistência persiste no Brasil, especialmente em profissões que demandam atendimento ao público.

Prado observa que a autonomia é mais viável em profissões com entregas por demandas, enquanto para aquelas ligadas ao atendimento ao público, o desafio é maior. A resistência à prática do home office ainda é considerável devido ao tradicionalismo. Prado também destaca que, apesar das organizações estarem longe de oferecer total autonomia, a flexibilidade deve ser constantemente discutida. Diante do aumento das demissões voluntárias, é crucial que o setor de Recursos Humanos esteja atento às necessidades individuais e coletivas, incluindo jornadas mais maleáveis, para evitar a perda de talentos.

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