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terça-feira, junho 18, 2024
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A internet é um território perigoso para os descuidados

As tecnologias digitais, em especial a internet e as redes sociais – as mais diversas, inclusive para grupos específicos de pessoas –, são avanços de proporções nunca antes vistas na humanidade. Estamos vivendo a Era Digital há alguns anos, marcadamente a partir dos anos 2000. Porém, como todo contexto, esse advento traz um lado bom e um lado nem tão bom assim. O bom são todas as possibilidades, em inúmeros campos: sociais, pessoais e econômicos, que sejam positivas; o lado ruim são os perigos das redes, psicológicos, econômicos e até de integridade física e moral.

Como em todo lugar neste planeta, a internet (que é um lugar não palpável de conexão) abriga todo tipo de pessoas. As redes sociais, os aplicativos, os sites, os serviços digitais, são acessíveis a boa parte da população mundialhoje. Bilhões de almas imersas em um universo que ainda tende a se expandir muito, abraçando todas as áreas do conhecimento humano. E isso não é necessariamente uma boa notícia, mas um alerta.

Como eu disse, as telas abarcam todo tipo de gente. E, sim, quem tem alguma experiência de vida, ou consciência não excessivamente otimista, sabe que há muita, mas muita gente ruim: aproveitadores, criminosos, fakes (pessoas com perfis falsos), invejosos, intolerantes, mal-intencionados, mentirosos

A verdade é que, apenas pelas telas de computadores, tablets, smartphones e outros dispositivos digitais, ninguém conhece ninguém de verdade. Somos, querendo ou não, simulacrosnas telas, editamos nossas vidas, nossos pensamentos, nossas experiências. Fica mais fácil fingir ser quem não é, propositalmente ou não; fica mais simples enganar, ludibriar, omitir, aplicar golpes, vigiar, praticar bullying e até matar – direta ou indiretamente. Por isso a internet é um território perigoso para todos nós – notavelmente para os mais descuidados.

Os hackers e crackers e mal-intencionados (experimente ler sobre Deep Web) se aprimoram a cada dia em suas maldades. Precisamos nos proteger cada vez mais, simples assim, e à nossa família. Não bastam biometria, reconhecimento facial, senhas fortes, tapar a câmera do laptop e do smartphone, evitar contatos íntimos com estranhos. Cuidado com o que você expõe, nesta que é a Era da Espetacularização já apregoada por Guy Debord nos anos 1990. A era da “exibição da vida cotidiana”. Muita gente expõe muito da sua vida, e acaba correndo riscos. Evite. Selecione o que posta, o que escreve, em que acredita. Não informe seu endereço, telefone, detalhes de sua vida pessoal, se possível. Sempre há ou pode haver um “olho que tudo vê” por perto. 

Após o “frenesi” do mundo digital, das redes sociais e, agora, do império da Inteligência Artificial, precisamos nos resguardar. Nem comento que devíamos ter uma vida mais offline que online, e aproveitar mais o tempo desconectados com pessoas que podemos olhar “olho no olho”. Eu sei, pessoas perigosas estão offline também, mas o ponto aqui é a periculosidade do “campo minado” das telas.

Enfim, se a internet nos trouxe o livre acesso (ou quase isso) a todo tipo de informação e pessoas, ela nos impõe o desafio de selecionarmos, mais do que nunca, na profusão de dados, o que devemos mostrar, ver, aceitar ou fazer. Imitar o que outros fazem pode ser popular, mas arriscado. Ostentar pode lhe trazer admiração, mas muitos sanguessugas. Falar tudo o que pensa, nem pensar – somos uma geração libertária e narcisista ao mesmo tempo, que privilegia suas próprias ideias e despreza as alheias. Chamamos facilmente qualquer coisa de que não gostemos de “fake news” ou “desinformação”. Segundo quem? Por quê?Como? 

Que a internet possa nos ser mais benéfica que maléfica, mais nos ofereça ajuda que dores de cabeça. Atenção especial ao seu smartphone: ali ocorrem os maiores enganos, essa “algema” que quase todos nós utilizamos no dia a dia, distraídos, descuidados, seduzidos, fascinados. O mundo digital tem cada vez menos espaço para o descuido, a inocência e o “fazer bem sem olhar a quem”.

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