No ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), teve encontros com 13 líderes autoritários. Uma análise realizada pela Gazeta do Povo revela que o líder petista participou formalmente de mais de 80 reuniões com líderes internacionais, incluindo presidentes, primeiros-ministros, monarcas e autocratas.
O ditador cubano, Miguel Díaz-Canel, foi a figura com quem o presidente brasileiro mais se encontrou. Lula também teve encontros presenciais com líderes de diversos países, como Venezuela, Arábia Saudita, Cabo Verde, Catar, China, Emirados Árabes, Etiópia, Guiné-Bissau, Irã, República Democrática do Congo, República do Congo e Vietnã.
O levantamento realizado pela reportagem considerou apenas os compromissos oficiais programados na agenda presidencial que ocorreram pessoalmente. A contagem dos encontros incluiu apenas agendas bilaterais ou reuniões privadas, excluindo eventos mais amplos, como a Cúpula do Mercosul, por exemplo.
Para classificar um país como não democrático, a reportagem adotou o ranking do jornal inglês The Economist, que anualmente lista as nações mais democráticas do mundo. O método utilizado pela publicação leva em conta a avaliação de especialistas e pesquisas de opinião pública entre os 167 países listados.
