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sexta-feira, abril 26, 2024
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Armínio Fraga –  Abandonar a meta de déficit zero pode levar o Banco Central a reduzir o ritmo de cortes da Selic, alerta um dos pais do Plano Real

          Para Fraga, Lula rejeita o histórico de seus dois governos ao minimizar a importância de reequilibrar as contas públicas. (Foto: Bel Pedrosa/Agência Brasil)           |       Com informações -    O Sul

Na perspectiva do ex-presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está se distanciando de seu próprio histórico fiscal ao reduzir a importância de eliminar o déficit primário no próximo ano. Fraga, que manifestou publicamente seu apoio a Lula nas últimas eleições, argumenta que uma das consequências desse aumento de risco é que o Banco Central pode desacelerar o ritmo de redução da taxa Selic (a taxa básica de juros), que tem sido reduzida em meio ponto nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

“O Banco Central, em cada reunião, costuma reavaliar o cenário. Poderia cortar a taxa Selic mais ou menos. Antes, a probabilidade de o BC reduzir menos a taxa Selic parecia próxima de zero. Agora, não podemos mais afirmar isso”, observou Fraga.

No entanto, essa mudança de abordagem só ocorreria no próximo ano, não na reunião desta quarta-feira (1º). A expectativa do mercado financeiro é que a Selic seja reduzida de 12,75% para 12,25%. Fraga aponta que Lula alterou sua postura em relação à política fiscal após ganhar as eleições.

“Desde que foi eleito, o presidente tem rejeitado seu histórico. Durante a campanha, ele enfatizou que não era necessário se preocupar com o compromisso fiscal, destacando que teve superávit primário em todos os anos de seus dois mandatos. No entanto, após as eleições, ele adotou uma postura totalmente diferente, de caráter heterodoxo e, aparentemente, incomodado com a responsabilidade fiscal, como se fosse prejudicial à população, o que ele já deveria saber que não é o caso”, disse Fraga.

Fraga ressalta que o novo arcabouço fiscal já não estava “à altura” do desafio, uma vez que priorizava o aumento da arrecadação em vez de cortar despesas. Agora, ele teme que as metas, que já eram modestas em sua opinião, sejam abandonadas.

“O arcabouço representou uma mudança de rumo, mas claramente não foi uma resposta adequada ao desafio. Eu já me posicionei a favor publicamente, mas sempre ressaltei que era um bom começo, um bom princípio, mas que não seria suficiente. Desde então, ficou claro que o lado das despesas públicas (em termos de contenção) nunca veio, talvez nem tenha havido a intenção disso, e agora parece que até as metas, que eu considero modestas, estão sendo abandonadas”, disse ele.

Em relação à nomeação dos dois novos diretores do Banco Central pelo governo, Paulo Pichetti, para a diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, e Rodrigo Teixeira, para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, Fraga observa que ambos os nomes foram bem recebidos.


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