Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, admitiu em entrevista ao programa “Conversa com Bial” que errou ao chamar o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de “incompetente” e “desafeto pessoal”.
Ele ressaltou que há meses a articulação do governo não está funcionando adequadamente, gerando esforços extras da presidência da Casa e do líder do governo na Câmara para amadurecer as matérias antes de levá-las ao plenário.
Lira negou intenção de retaliar o governo com pautas-bomba ou CPIs, apesar do atrito com Padilha. Ele destacou projetos importantes aprovados na Casa, como a reforma tributária e o marco de garantias, mas ressaltou a necessidade constante de negociação devido à diversidade ideológica do plenário.
Quanto à sucessão na presidência da Câmara, Lira indicou uma mudança de planos, sugerindo o início do processo eleitoral interno já em agosto, e citou o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) como possível nome de consenso para a candidatura apoiada pelo governo e por ele próprio.
