Referência há 11 anos na comunicação do agronegócio no país, o Fórum Soja Brasil desta quinta-feira (23) ocorreu, ao vivo, direto do parque da 7ª ExpoAgro COTRICAMPO, em Campo Novo. Os convidados foram o comentarista político Miguel Daoud, o diretor de Conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, o economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, o chefe geral da Embrapa, Jorge Lemainski, e o analista da consultoria Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez.
Os temas debatidos foram as perspectivas de mercado, as políticas públicas e o panorama do clima. Ainda, os painelistas debateram sobre as safras e índices de produção dos anos anteriores do Brasil e Estados Unidos e o que se espera para 2023. De acordo com Daoud, o volume de produção de milho no Brasil irá superar os Estados Unidos. “Sem dúvidas, sou otimista com as prospecções e demandas que temos. A nossa produção agropecuária representa 25% do nosso PIB e o Brasil terá um grande crescimento para 2023”.
As falas do Fórum continuaram otimistas. De acordo com Antônimo da Luz, o Brasil já é o maior exportador de alimentos do mundo. “Nenhum país do mundo contribui tanto para alimentar outros países quanto o Brasil. É necessário que se mantenha a cautela em relação a estiagem que assola o Estado, mas a previsão que se tem é que o ano seja finalizado com números excelentes no setor primário”, destaca.
As boas projeções também estão ligadas ao desenvolvimento tecnológico que se tem no país. O chefe geral da Embrapa, Jorge Lemainski, comentou sobre a importância das tecnologias para aumentar a produtividade das próximas safras. “A agricultura brasileira é movida a ciência, temos total capacidade de nos superarmos e as pesquisas para qualidade de solo, dos grãos e dos fertilizantes são os diferenciais para um futuro próspero”.
Sobre as questões climáticas, o analista de safras e mercado, Luiz Fernando Gutierrez afirmou que, apesar do La Niña neste ano, o Brasil deve confirmar uma safra recorde. “Devemos trabalhar com a estimativa de 149 ou 150 milhões de toneladas. Mas em resumo, os grandes problemas são centralizados no Sul, mas o resto do país está colhendo muito bem e podemos encerrar o semestre com grandes números e uma perspectiva de mercado excelente”.
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