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Embraer tem prejuízo de R$ 428 milhões no 1º trimestre, apesar de alta em receita e Ebitda  

A Embraer reportou um prejuízo líquido ajustado de R$ 428,5 milhões no primeiro trimestre de 2025, segundo balanço financeiro divulgado nesta terça-feira (6). O resultado representa um salto expressivo de 574,8% no prejuízo em relação ao mesmo período de 2024, quando a empresa havia encerrado o trimestre no vermelho, mas com um impacto significativamente menor.

Apesar do prejuízo, a fabricante brasileira de aeronaves apresentou crescimento sólido em diversos indicadores operacionais. O Ebitda ajustado — indicador que mede o desempenho operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização — alcançou R$ 620,6 milhões entre janeiro e março deste ano. O valor representa uma alta de 165,7% na comparação anual, impulsionado principalmente pelo aumento nas entregas e na eficiência das operações.

A receita líquida da Embraer também teve desempenho positivo, atingindo R$ 6,405 bilhões no trimestre, o que corresponde a um crescimento de 44% em relação aos primeiros três meses de 2024.

Outro destaque foi a redução significativa da dívida líquida da companhia, que caiu 48,7% em um ano. Em 31 de março de 2025, a dívida somava R$ 2,68 bilhões.

A carteira de pedidos firmes da Embraer totalizou US$ 26,4 bilhões no primeiro trimestre — um indicativo de demanda robusta para os próximos períodos. Já os investimentos no período somaram R$ 433,7 milhões, refletindo o foco da empresa em inovação e desenvolvimento de novas tecnologias, especialmente no setor de aviação sustentável.

A despeito do prejuízo contábil, analistas do setor têm interpretado os resultados como mistos. Por um lado, o crescimento da receita e do Ebitda mostra um cenário operacional mais saudável; por outro, o aumento do prejuízo líquido levanta alertas sobre custos e despesas financeiras no curto prazo.

Segundo analistas do setor aeronáutico ouvidos pelo Valor Econômico, o resultado negativo pode estar associado a fatores sazonais e à valorização do real frente ao dólar, o que afeta receitas denominadas na moeda norte-americana — um aspecto sensível para empresas exportadoras como a Embraer.

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