Nos últimos dias, o mercado internacional de petróleo testemunhou uma queda, situando-se em torno de US$ 70 o barril, enquanto os preços dos derivados mantêm-se estáveis nas refinarias da Petrobras no mercado interno há quase um mês. Diante desse cenário, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) considera que as oportunidades de importação estão em aberto.
Em média, a gasolina apresenta um aumento de 8% nas refinarias brasileiras em comparação com os preços internacionais, enquanto o diesel registra um aumento de 4%. Na manhã desta sexta-feira (17), o barril de petróleo tipo Brent está sendo negociado a US$ 78,50, e o óleo tipo WTI está cotado a US$ 73,81 por barril.
Na Bahia, onde a Refinaria de Mataripe é a única refinaria privada relevante, observa-se uma defasagem de preço significativa, atingindo 15% no caso da gasolina, enquanto o diesel é vendido 1% abaixo do mercado internacional.
Comparativamente, nas refinarias da Petrobras, a gasolina está 6% mais cara do que no exterior, e o diesel, 5%. A Abicom sugere que, para atingir a paridade internacional, a estatal poderia reduzir o preço da gasolina em R$ 0,16 por litro e o diesel em R$ 0,19 por litro.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, argumentou nesta sexta-feira que a Petrobras deveria reduzir os preços dos combustíveis para mitigar o impacto inflacionário, permitindo que o Banco Central reduza os juros e estimule a economia. Silveira propõe uma redução de preços entre R$ 0,32 e R$ 0,42 para o diesel e entre R$ 0,10 e R$ 0,12 para a gasolina.
Na primeira quinzena de novembro, o preço médio do litro da gasolina no Brasil fechou em R$ 5,83, representando uma diminuição de 1,69% em relação ao consolidado de outubro, conforme o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). Esse declínio é consistente com a tendência de baixa observada desde setembro, com destaque para o Nordeste, onde o preço do litro recuou 2,97%, encerrando a quinzena a R$ 5,89. As médias mais baixas foram registradas no Sudeste e Sul, a R$ 5,73, enquanto a média mais alta foi no Norte, a R$ 6,42.
Quanto ao etanol, o IPTL revela que o preço médio do litro fechou a primeira quinzena de novembro em R$ 3,73, representando uma redução de 0,80% em relação a outubro. Essa redução também é observada nas cinco regiões brasileiras, com o Nordeste liderando a diminuição de 2,68%, fechando com a média de R$ 4,35. O Centro-Oeste comercializou o litro pelo preço mais baixo, a R$ 3,57, enquanto o Norte encerrou com a média mais alta, a R$ 4,67. A maior redução no preço do etanol, de 4,63%, foi registrada em Goiás, onde o litro foi comercializado a R$ 3,50, representando o preço mais baixo do país. Roraima, por sua vez, apresentou o etanol mais caro, a R$ 5,02.
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