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quinta-feira, maio 16, 2024
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Guiana rejeita discutir fronteira de Essequibo com Maduro

Guiana rejeita discutir fronteira com Maduro | Foto: IICA / ABr / Divulgação

O presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, afirmou nesta terça-feira que a reunião agendada com o líder venezuelano Nicolás Maduro tem como objetivo apenas diminuir as tensões entre os dois países, sem a intenção de negociar a soberania do território de Essequibo.

O encontro entre Ali e Maduro está marcado para esta quinta-feira, em São Vicente e Granadinas, e foi organizado pelo presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

Em uma carta enviada ao primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, o presidente guianense esclareceu que possui um mandato unânime da Assembleia Nacional da Guiana, determinando que a fronteira terrestre não é uma questão para discussões bilaterais. Ele ressaltou que a resolução do assunto está nas mãos da Corte Internacional de Justiça (CIJ) e prometeu respeitar a decisão deste tribunal.

Em uma entrevista à BBC, Ali destacou que mantém contato com vários aliados, incluindo Reino Unido, França e Brasil, e afirmou que todas as possibilidades de defesa estão sendo consideradas. Ele declarou categoricamente: “Faremos tudo o que for necessário para garantir a soberania e a integridade territorial da Guiana. Custe o que custar, para proteger a segurança, a integridade territorial e a soberania da Guiana, nós o faremos.”

A crise na região levou o governo guianense a ameaçar permitir a instalação de uma base permanente dos EUA na América do Sul, o que desafia os interesses do regime chavista na área, que já enfrenta sanções impostas pelos Estados Unidos.

Maduro, por sua vez, criticou o envolvimento americano na disputa territorial e questionou a competência da CIJ para resolver o caso. Ele expressou o desejo de abordar as principais ameaças à paz e à estabilidade da região durante o encontro com Ali, mencionando o envolvimento do Comando Sul dos EUA, que iniciou operações no território em controvérsia. O líder venezuelano ressaltou que a presença dos EUA na região é contrária à aspiração de manter a América Latina e o Caribe como uma zona de paz, livre de conflitos e sem interferência de interesses externos.


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