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domingo, abril 28, 2024
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Análise crítica: Jornal aponta estratégias de comunicação do governo Lula

Periódico destaca minimização da queda na popularidade e deficiências na abordagem do presidente e sua equipe.

Em um texto opinativo veiculado nesta segunda-feira (18), o jornal O Estado de São Paulo observou que o governo Lula (PT) está minimizando a notável queda na popularidade do chefe do Executivo e está convencido de que os números da popularidade não refletem a realidade do governo. O periódico aponta que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, prefere acreditar que é apenas um problema de comunicação com o povo e analisa que “questão de fé, por definição, não se discute”.

Segundo o texto, a parolagem petista argumenta que o atual mandato do presidente só tem produzido boas notícias; o problema estaria na percepção popular, ruim porque o governo não conseguiu fazer suas “informações corretas” chegarem às redes. Em outras palavras, a piora não teria se dado em razão dos fatos.

O jornal destaca que a equipe de comunicação atua em última instância como mediação com os cidadãos, e que não há estratégia genial o suficiente para consertar o defeito de origem, ou seja, o fato de que “Lula fala e faz o que quer, como quer e para quem quer”.

Ao aderir à tese, o ministro reforça a máxima segundo a qual a comunicação é o “mordomo” das crises dos governos, isto é, aquele sobre o qual habitualmente recai a culpa, ainda que seja necessário reconhecer as deficiências da comunicação lulopetista, em que imperam a falta de conhecimento sobre as exigências do ambiente digital, as falhas improvisadas ou bem pensadas do grande líder e a pajelança palaciana, incapaz de achar uma voz crítica que dissuada, divirja, aponte ao presidente as armadilhas das bombas que solta. Ao contrário, não falta quem surja para dobrar a aposta e justificar as lambanças do companheiro-em-chefe, como ocorreu no trágico episódio da comparação do conflito de Israel com o Hamas ao Holocausto.

O Estadão termina frisando que um bom marketing político, bons canais ou qualquer outra artimanha não serão capazes de substituir o que apenas um bom produto pode suprir.

O governo Lula tem se mostrado um produto que passou do prazo de validade, concebido para as afinidades tribais, não para um país complexo e uma população diversa e com expectativas de mudança real em suas condições de vida, o que Lula, ocupado demais consigo mesmo e com seus devaneios, parece desconhecer. O ministro pode não enxergar, mas o culpado pelos problemas de comunicação está no gabinete presidencial, a poucos metros do seu.

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