Um relatório da Emater/RS-Ascar revela que mais de 72 mil propriedades rurais, distribuídas em 3.200 localidades e pertencentes a 198 municípios gaúchos, foram severamente afetadas pelos eventos climáticos extremos ocorridos entre 16 e 24 de novembro. As fortes chuvas, acompanhadas de rajadas de vento e granizo, causaram danos significativos à infraestrutura e à produção de alimentos no estado.
Segundo o Sistema de Levantamento de Perdas da Emater/RS-Ascar (Sisperdas), os estragos alcançaram 37,6 mil quilômetros de estradas vicinais, 6,1 mil casas e deixaram 8,4 mil famílias sem acesso à água no campo. Além disso, foram registradas perdas em 63 armazéns, 71 silos, 242 estufas de fumo, 1.161 estufas/tonéis plásticos para horticultura, 578 aviários, 772 açudes, 229 pocilgas e 6.307 construções/instalações de produtores.
Na agricultura, a produção de alimentos também sofreu impactos significativos, com perdas em culturas como arroz, trigo, soja, milho, aveia, cevada, canola, linho, feijão, milho silagem e aveia branca. O relatório destaca ainda que 286 criadores enfrentaram problemas na pecuária, com mortes de bovinos de corte, de leite, suínos, aves comerciais, na piscicultura e na apicultura comercial.
A fruticultura contabilizou quase 7 mil produtores com perdas, além de prejuízos entre olericultores, fumicultores e floricultores. Houve ainda a perda de milhões de pés de erva-mate, eucalipto, acácia e pinus.
Diante dessa situação desafiadora, a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) do Estado anunciou a segunda etapa do Programa de Recuperação da Fertilidade do Solo, destinando R$ 15 milhões para a recuperação de áreas cultiváveis em regiões específicas. O programa inclui convênios com municípios para contratação de máquinas, compra, distribuição e aplicação de insumos como corretivos, condicionadores de solo, adubos, bioinsumos e sementes de cobertura. Os beneficiários serão selecionados pelos municípios, com limite individual de R$ 30,6 mil.
Apesar das medidas em andamento, algumas entidades, como a Federação dos Trabalhadores Rurais (Fetag-RS), expressaram preocupação com a morosidade das ações e pediram a expansão do acesso ao crédito emergencial de R$ 100 milhões, anunciado pelo governo federal em outubro. A Fetag-RS ressaltou que cerca de 160 municípios enfrentam situações semelhantes e que a adesão ao crédito tem sido baixa.
Enquanto esforços são feitos para a recuperação, a região enfrenta uma urgência crescente para lidar com os impactos climáticos e implementar políticas permanentes para lidar com eventos climáticos extremos. O senador Carlos Heinze, denunciou o atraso no envio de recursos federais para as regiões afetadas pelas chuvas e pela seca, do início do ano, em vídeo publico nas redes sociais.
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