O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, inicialmente informou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) que não compareceria à reunião marcada para quinta-feira (17). No entanto, posteriormente, o ministro mudou de posição e confirmou sua presença no colegiado.
O ministro teria entrado em contato com o presidente da CPI, o Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), e se comprometeu a prestar depoimento após ter sido repreendido durante a audiência realizada na terça-feira (15).
Zucco expressou sua insatisfação com a mudança de posição do ministro: “O ministro Fávaro tinha sido convocado. Mudamos de convocação para convite. Ele havia dado a palavra que estaria presente nesta quinta-feira. Então, quero deixar registrado que esta CPI, em acordo com o governo, tinha mudado de convocação para convite, e ele tinha marcado a data de quinta-feira, como foi feito pelo ministro Paulo Teixeira, que compareceu e respondeu, como está sendo a nossa responsabilidade como presidência.”
Por sua vez, Fávaro justificou sua ausência inicial com uma “extensa agenda ministerial”. Entretanto, ele posteriormente informou que não poderá comparecer devido a outros compromissos. A coordenadora-geral de agenda, cerimonial e eventos da pasta, Rosane Henn, enviou um e-mail à CPI explicando a impossibilidade de comparecimento.
Membros da CPI, como o relator Ricardo Salles (PL-SP), criticaram a atitude do ministro, chamando-o de “fujão”. Salles ressaltou que Fávaro havia marcado uma data para atender ao convite da CPI, que havia sido transformado de convocação para convite por cortesia, e depois recuou. O termo “fujão” também foi aplicado ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, cuja convocação foi anulada por decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Salles acusou ambos os ministros de fugirem de suas responsabilidades ao se recusarem a comparecer à CPI.
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