15.1 C
Rio Grande do Sul
segunda-feira, maio 13, 2024
Home- ÚLTIMAS NOTÍCIAS -Número de empresas brasileiras que pediram recuperação judicial cresceu 39% nos primeiros...

Número de empresas brasileiras que pediram recuperação judicial cresceu 39% nos primeiros quatro meses do ano

    O número de pedidos de falência de empresas também subiu neste ano no Brasil. (Foto: Freepik)   |         O Sul |

O número de empresas brasileiras que pediram recuperação judicial disparou em 2023, na comparação com o ano passado. Em 2022, 275 companhias entraram com o requerimento na Justiça nos quatro primeiros meses. Já neste ano, foram 382 no mesmo período, alta de 39%, segundo dados da Serasa Experian.

Entre as empresas que recorreram a este instrumento jurídico neste ano para ganhar fôlego financeiro estão gigantes como Americanas, Oi, Light e Grupo Petrópolis – controlador das marcas de cerveja Itaipava e Petra. Quando o processo é aceito pela Justiça, elas conseguem um prazo de dois anos para pagar as dívidas antigas com os credores.

“No fim de um ano da recuperação judicial, a empresa tem que pagar 40% do valor da dívida e no fim do segundo ano, os outros 60%. Mas muitas vezes, este processo também é uma oportunidade da companhia dar uma negociada com os fornecedores, com os credores. A recuperação judicial não é uma falência. É uma negociação, mas ajuizada”, explica Roberto Kanter, economista e professor de MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Mas o número de pedidos de falência de empresas também subiu neste ano no Brasil. Passou de 258, no primeiro quadrimestre de 2022, para 346 no mesmo período de 2023, um aumento de 34%.

Entre estas companhias está a Marisa, gigante do setor de moda e vestuário. Dois fornecedores entraram com pedidos de falência da empresa no Tribunal de Justiça de São Paulo, cobrando um valor de R$ 709 mil. A empresa alega que conseguiu negociar com a maioria dos credores e que já liquidou quase 90% da dívida total. E que este valor que as empresas cobram nos pedidos de falência é insignificante, perto do montante que já foi negociado.

“Diferentemente dos casos de recuperação judicial, você conta nos dedos as situações em que as próprias empresas pediram falência. Geralmente quem pede é o credor. É igual alguém protestar um cheque seu, uma duplicata sua. A pessoa quer cobrar”, afirma Kanter.

E quando as empresas conseguem ter o pedido de recuperação judicial aceito, elas ficam livres do processo de falência, pelo menos durante dois anos. “Com a recuperação judicial, não há falência. Você não pode pedir falência de uma empresa nesta situação. A Justiça inibe isso. A companhia ganha um ano e depois mais um para poder pagar as dívidas”, diferencia.

No dia 1º de janeiro deste ano, Sergio Rial assumiu o cargo de CEO da Americanas. Em dez dias, ele anunciou a descoberta de um rombo contábil de R$ 20 bilhões na empresa. Basicamente, valores que deveriam ser listados pela varejista como dívidas bancárias eram descritos como dívidas com fornecedores – que não têm juros. Ao longo dos anos, esta situação provocou o rombo bilionário. Rial deixou o cargo e dias depois, a empresa anunciou que a dívida passava de R$ 40 bilhões.

O setor, que já enfrentava um momento difícil por causa do endividamento das famílias durante a pandemia de Covid-19 e da disparada da taxa de juros (de 2% para 13,75%) para conter a inflação causada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, passou a enfrentar também a desconfiança do setor bancário, que dificultou o acesso ao crédito às empresas desse segmento.

“Na prática, isso significou um grande aperto tanto para o orçamento das famílias quanto das empresas. E aí a gente tem um quadro onde as pessoas consomem muito pouco, então os resultados do varejo têm sido muito fracos. O mesmo processo aconteceu do lado das empresas, que também se endividaram muito e agora estão com o caixa muito pressionado por conta do aumento da taxa de juros”, explica o diretor de Economia e Inovação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Guilherme Mercês. As informações são do jornal O Tempo.

VOCÊ É 100299740ª PESSOA QUE VISITOU O GAUDÉRIO NEWS.
MUITO OBRIGADO.
VOLTE SEMPRE QUE QUISER SE MANTER BEM INFORMADO.

Gaudério News – Integrante da UPOR, União dos Portais On Line Regional

- Publicidade -

Mais populares

Feito com muito 💜 por go7.com.br