Após o crescimento de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul no segundo trimestre deste ano, o cenário econômico do estado apresenta desafios nos próximos meses, de acordo com o Boletim da Conjuntura divulgado pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão.
A agropecuária, que teve um desempenho expressivo no primeiro semestre do ano, provavelmente terá um destaque menor no segundo semestre. Além disso, a produção de trigo, a principal cultura da estação, é estimada como menor do que em 2022.
No que diz respeito à indústria de transformação, o segmento industrial líder do estado, as perspectivas continuam desafiadoras, com o índice de confiança dos empresários indicando pessimismo.
Por outro lado, o setor de serviços apresenta uma tendência de crescimento. Até julho, todas as atividades desse setor tiveram expansão, com um aumento de 7,2%. Os maiores aumentos ocorreram nas áreas de transporte (10,4%), informação e comunicação (9,2%) e serviços prestados às famílias (5,3%).
O boletim destaca que as condições climáticas também representam um ponto de preocupação nos meses à frente. As chuvas em excesso, além das tragédias humanas, tiveram impactos econômicos severos, incluindo a destruição de ativos produtivos que afetaram diretamente a produção em municípios na região do Vale do Taquari. Problemas logísticos em pontes e trechos de rodovias e impactos na colheita do trigo e no plantio de culturas de verão, como arroz, milho e soja, são algumas das possíveis consequências negativas. A análise foi elaborada pelos pesquisadores Martinho Lazzari e Tomás Torezani, do Departamento de Economia e Estatística.
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