A economia brasileira apresentou uma retração em agosto, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O indicador caiu 0,77%, desconsiderando os efeitos sazonais. Em julho, houve um aumento de 0,42% (dado atualizado nesta sexta-feira, 20).
De julho para agosto, o índice de atividade, calculado pelo Banco Central, caiu de 147,69 pontos para 146,56 pontos na série dessazonalizada. Este resultado é o mais fraco desde janeiro deste ano, quando o indicador registrou 143,76 pontos.
Os dados do IBC-Br ficaram abaixo das expectativas médias coletadas pelo Projeções Broadcast, que apontavam uma queda de 0,60%. As estimativas variavam de uma queda de 1,10% a uma retração de 0,30%.
Na comparação entre agosto de 2023 e agosto de 2022, houve um aumento de 1,28% na série sem ajuste sazonal. Nessa série, o indicador atingiu 152,04 pontos em agosto deste ano, representando o melhor desempenho para o mês na série histórica que começou em 2003, superando o recorde anterior de 151,81 pontos de agosto de 2013.
O desempenho em agosto, em relação ao mesmo mês do ano anterior, surpreendeu positivamente, ultrapassando a mediana de 1,10% da pesquisa do Projeções Broadcast. As expectativas coletadas no levantamento variavam de um aumento de 0,10% a uma elevação de 1,90%.
O IBC-Br é conhecido como uma espécie de “prévia do BC” para o Produto Interno Bruto (PIB) e serve como um indicador para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
Atualmente, a projeção do Banco Central para a atividade econômica no Brasil em 2023 é de um crescimento de 2,9%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro. A equipe econômica do governo projeta uma expansão de 3,2%.
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