Após a perícia realizada pela Polícia Federal, foi confirmado que os nove corpos encontrados em uma embarcação à deriva no litoral do Pará pertenciam a migrantes do continente africano, especificamente da região da Mauritânia e Mali. Embora os documentos e objetos encontrados apontem para estas nacionalidades, há a possibilidade de que as vítimas sejam de outras origens.
A identificação dos corpos teve início após a embarcação ser levada para terra firme e está sendo realizada conforme os protocolos de identificação de vítimas de desastres da Interpol (DVI). Este protocolo permite identificar vítimas mesmo em estado avançado de decomposição, utilizando amostras de DNA, impressões digitais, características físicas, registros odontológicos e reconhecimento de objetos pessoais.
Os trabalhos periciais visam não apenas identificar as vítimas, mas também determinar a origem dos passageiros, a causa e o tempo estimado dos óbitos. As operações de busca e resgate envolveram uma embarcação da Marinha, um bote dos bombeiros militares de Bragança, Guarda Municipal, Defesa Civil Municipal, Polícia Científica do Pará e o Departamento Municipal de Mobilidade Urbana e Trânsito de Bragança.
