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sexta-feira, setembro 13, 2024
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Por que 2024 é um ano de alerta máximo para o aquecimento global

Eu, você e quase todos nós já ouvimos falar em “aquecimento global”. Parece até um tema batido, mas, sem dúvida, é uma das pautas que mais causam preocupação e exigem mobilização na atualidade. Em todo o planeta. Especificamente, o ano de 2024 tem emitido alertas vermelhos para esse fenômeno climático, marcado pelo aumento da média da temperatura global que ocasiona inúmeras intempéries e desastres naturais

Em 2024, os indicadores climáticos dispararam o alarme máximo para o aquecimento global. Não tem nada de “sensacionalismo” nisso. É hora de nos conscientizarmos: por exemplo, a temperatura média na Terra subiu 1,63°C acima da média pré-industrial entre junho de 2023 e maio de 2024, a mais alta média já registrada desde que a temperatura global começou a ser medida. Ao mesmo tempo, paira sobre a humanidade a possibilidade de queaté os próximos cinco anos, a temperatura média global ultrapasse, temporariamente, em 1,5°C os níveis pré-industriais. Isso é extremamente danosovisto que 1,5°C é o limite definido no Acordo de Paris para evitar os piores impactos possíveis diante da mudança climática. E mais: as chances de esse limite de temperatura ser ultrapassado em breve é de cerca de 80%, segundo recentes estudos como os da WWF e da ESG Insights. 

Para se ter uma ideia, em 2024 junho foi o segundo mês mais quente já registrado na Europa, com temperaturas 1,57°C acima da média de 1991-2020. Ao mesmo tempo, várias regiões do mundo sofreram com eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas ou enchentes. No Brasil, tivemos a calamidade no Rio Grande do Sul com o excesso de chuvas, aliado ao despreparo dos governos para o escoamento de água na ausência de infraestruturas de prevenção. Foi a maior tragédia que já acometeu o extremo sul do país, deixando um rastro de centenas de mortos, desaparecidos e inúmeras perdas materiais, incluindo perdas institucionais vitais como o aeroporto internacional Salgado Filho, que está até hoje sendo restaurado, assim como bairros de Porto Alegre e da região metropolitana. Cidades inteiras, como Eldorado do Sul, praticamente submergiram sob a água lamacenta. Lembrando que no fim de 2023 houve excesso de chuvas no Rio Grande do Sul, acarretando consequências que, aparentemente, não foram suficientes para servirem de alerta. 

Mas, para além do Brasil, que sofre com as queimadas no Cerrado e na Amazônia e a seca na caatinga nordestina, não podemos ignorar as consequências devastadoras do aquecimento global por todo o planeta. É como na Lei do Caos, algo que acontece do outro lado do mundo pode afetar aqui e vice-versa. Dentre as principais ameaças iminentes de um globo mais quente, temos o aumento do nível do mar que incide sobre cidades costeiras e comunidades insulares; extinção em massa de animais e plantas; a chamada “insegurança alimentar”, com secas e inundações e prejuízos gigantescos à produção agrícola; e a proliferação da pobreza, devido aos impactos das mudanças climáticas que afetam mais as pessoas que estão mais vulneráveis. 

E, se você acha que tudo isso não é lá assim tão angustiante ou urgente, saiba que, segundo estudo da NASA em 2022, vários países podem se tornar inabitáveis e excessivamente quentes. Colin Raymond, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, avaliou os extremos de calor e umidade para chegar a algumas conclusões e hipóteses, tendo publicado na revista científica Science Adventures. Ele citou alguns lugares que podem chegar a se tornar impossíveis de ser habitados, dentre estes, Brasil, Ásia, Golfo Pérsico e Mar Vermelho. Portanto, não são fake news que o Brasil pode se tornar inabitável em 30 ou 50 anos, é uma possibilidade. Além disso, sabe-se que dezenas de cidades ou regiões mais amplas podem submergir com o desequilíbrio ambiental, inclusive no nosso país.  

A pergunta básica é: como combater o aquecimento global? Bem, estamos em uma era de pós-industrialização, com predomínio total de altas tecnologias, fábricas e agentes poluentes na natureza e no ar. No entanto, medidas urgentes podem e precisam ser tomadas para diminuir as emissões dos gases do efeito estufa. Muitos dos acordos sobre emissão de gases não têm sido cumpridos por alguns países, o que piora a situação: a ganância vem primeiro. É como diz o provérbio indígena: Somente quando for cortada a última árvore, pescado o último peixe, poluído o último rio, que as pessoas vão perceber que não podem comer dinheiro”. Nem respirar dinheiro. Nem sobreviver apenas com dinheiro. É tempo de investir dinheiro não no lucro, mas na sobrevivência da humanidade.

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