Nesta segunda-feira (11), o governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria Estadual da Saúde (SES), apresentou duas medidas destinadas a fortalecer o atendimento a pacientes com suspeita de dengue na Atenção Primária. Uma plataforma online foi lançada para auxiliar as equipes de saúde, enquanto enfermeiros foram autorizados a requisitar exames, principalmente hemogramas, em casos suspeitos da doença.
A plataforma, desenvolvida a partir da colaboração entre os estados integrantes do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), permite a identificação do estado de saúde e tratamento adequado para cada paciente, com base em características, sinais e sintomas apresentados. A classificação de risco, dividida em quatro grupos (A, B, C e D), facilita a tomada de decisão para evitar agravamentos e reduzir o risco de óbito.
A secretária da Saúde, Arita Bergmann, destacou a importância da ferramenta no combate à dengue, ressaltando a necessidade de atenção aos sintomas nos casos que chegam à Atenção Primária, considerando a presença da doença em todo o território gaúcho.
Durante uma reunião online com representantes das secretarias estaduais de Saúde do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, também membros do Cosud, a secretária ressaltou a colaboração entre os estados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em outra frente, uma nota técnica conjunta assinada pela secretária Arita Bergmann e pelo presidente do Conselho Regional de Enfermagem, Antonio Ricardo Tolla, autoriza enfermeiros a requisitarem exames, especialmente hemogramas, em casos suspeitos de dengue. A medida visa uniformizar o atendimento em todo o estado, assegurando cuidados adequados em qualquer localidade.
Até o momento, o Rio Grande do Sul registrou 17 óbitos por dengue em 2024, com 16.574 casos confirmados e 10.138 em investigação. A SES destaca a importância da busca por atendimento médico nos primeiros sintomas, evitando complicações e possíveis óbitos.
Principais sintomas da dengue incluem febre alta, dor no corpo, nas articulações, cabeça e retro-orbital, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia e manchas vermelhas na pele. Medidas preventivas, como a eliminação de água parada e o uso de repelentes, são recomendadas para interromper o ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti.
