Nos próximos dois anos, a coordenação da Aliança Láctea Sul Brasileira será liderada pelo Rio Grande do Sul, com Rodrigo Rizzo, assessor da presidência da Federação da Agricultura do RS (Farsul), assumindo o papel. A transição ocorreu durante a reunião da Aliança, realizada na sede da Farsul em Porto Alegre, onde foram discutidas estratégias delineadas no Plano de Desenvolvimento da Competitividade Global do Leite Sul-Brasileiro, apresentado por Airton Spies de Santa Catarina, que passou a liderança para Rizzo.
Rodrigo Rizzo destaca os desafios enfrentados pela região, incluindo a estagnação da produção desde 2019, demanda reprimida da população e a necessidade de encontrar mercados internacionais para escoar a produção. Ele ressalta a importância de continuar produzindo leite de alta qualidade, aumentar a escala de produção, melhorar o rendimento industrial, logística de distribuição e a qualidade da infraestrutura, além de fidelizar contratos de compra da indústria do produtor. Rizzo enfatiza a importância da sanidade do produto e da equivalência dos serviços de inspeção.
Airton Spies, ao passar o cargo, destaca que a Região Sul é responsável por 40% da produção de leite, 34% da produção industrializada e possui 92% de formalização na cadeia produtiva nacional. Ele destaca a necessidade de união da produção sul-brasileira para superar desafios como a importação de lácteos. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, alerta sobre a importância de projetos nacionais considerarem as diferentes realidades do país.
O Plano de Desenvolvimento da Competitividade Global do Leite Sul-Brasileiro apresenta um diagnóstico das fragilidades e propõe ações a serem adotadas nos próximos anos. O projeto, elaborado em conjunto por representantes do Sul, será apresentado aos governos estaduais e federal, empresas e bancos de fomento. Spies destaca o potencial do setor lácteo para impulsionar a economia, gerando empregos e movimentando o mercado de equipamentos e insumos.
A Aliança Láctea enfrenta desafios como a estagnação da produção nacional desde 2014, atrelada à renda da população. O projeto de competitividade busca oferecer alimentos de qualidade a preços acessíveis, considerando a desconexão do leite brasileiro em relação ao mercado internacional em termos de custos. Spies destaca que a competitividade global depende do aumento da produção, melhor rendimento industrial e abertura de mercados. O Sindilat reforça a importância de ações de marketing para gerar novos hábitos de consumo, combater desinformação e valorizar o produto.
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