Marcelo Claure, presidente do conselho para a América Latina da Shein, gigante chinesa do setor varejista, levanta preocupações em relação à proposta de tributação de compras internacionais abaixo de US$ 50. A medida, proposta pelo deputado Átila Lira (PP-PI) no Projeto de Lei Mover, poderá impactar especialmente os consumidores de baixa renda, que compõem a maioria dos 45 milhões de clientes da empresa.
Claure argumenta que a mudança, inserida no PL Mover, originalmente voltado para incentivos na indústria automotiva, foi uma surpresa e carece de justificativa dentro do contexto do projeto. Ele enfatiza que a tributação afetaria principalmente as classes mais pobres, que dependem de plataformas de e-commerce estrangeiras, e não os viajantes internacionais, que têm isenção para compras no exterior.
O executivo alerta que, caso a proposta seja aprovada, os custos para a empresa e para os consumidores brasileiros podem dobrar, impactando negativamente seus negócios no país. Ele destaca que nenhuma decisão será tomada até a aprovação do PL pela Câmara, mas adianta que tal medida teria implicações sérias nos planos da empresa.
Claure expressa descrença na possibilidade de uma aprovação que penalize os mais pobres, sugerindo que o presidente Lula não permitiria tal cenário. As informações são do Estadão.
