Apesar do avanço da vacinação e de menos restrições de distanciamento social em vigência, dados levantados pelo Sebrae RS indicam que o percentual de empresas que estão sem funcionar no Rio Grande do Sul mais que dobrou na comparação entre julho e agosto. Os então 12% passaram a 25%. No entanto, o cenário ainda é positivo, visto que revela a atividade de três em cada quatro empresas.

 Apesar de alguns indicadores negativos, é com otimismo que os empreendedores disseram que irão encarar os meses que seguem até o final de 2021. O estudo aponta que 65% dos empresários estão confiantes em relação às condições para os negócios do seu ramo de atividade considerando os próximos três meses. Em relação à confiança na economia gaúcha, o número desce à casa de 56%. Finalmente, 25% dizem que não apenas querem manter o nível de atividade atual, mas expandir as operações.

 Sobre a trajetória ascendente de melhoria na situação dos negócios que vinha sendo percebida pelos entrevistados nos últimos meses, uma interrupção é entendida no mês de agosto, com aumento de sete pontos percentuais nos que afirmam que a situação piorou. O indicador passou de 34% (julho) para 41% (agosto) daqueles que perceberam piora nas condições econômicas do Estado. Já a percepção de melhoria caiu levemente de 28% (julho) para 24% (agosto). O dado, entretanto, é significativamente superior aos 6% indicados em março deste ano.

 No que tange a busca por recursos, 19% empresas buscaram crédito sendo 42% tinha como necessidade principal recursos para capital de giro e 35% delas recurso para investimentos. O valor médio obtido foi de R$ 80,6 mil.

As informações são da 15ª edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise desenvolvida pelo Sebrae RS. O estudo foi realizado de forma online entre os dias 6 de agosto a 3 de setembro de 2021 e contou com uma amostragem de 435 respondentes. O nível de confiança é de 95% e margem de erro de 4,7%.

 A pesquisa em números

Situação atual

41% piorou

35% sem alteração

24% melhorou

 Funcionamento

75% sim

25% não

 Faturamento

44% diminuiu

35% Manteve inalterado

21% aumentou

 Financiamento

81% não precisou

19% precisou

 O que o empreendedor precisa

42% recurso para capital de giro

40% orientação sobre uso de ferramentas digitais

35% recurso para investimento

32% consultoria/orientação para gestão financeira

26% parcerias com outras empresas para otimizar negócios

23% análise sobre tendências e perspectivas do mercado

23% alternativas para diversificar produtos/serviços

18% consultoria para readequação/remodelagem do negócio

17% consultoria para adequação de custos

16% análise do comportamento do consumidor

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