Os dados mais recentes da pesquisa conduzida pelo Datafolha e divulgada na segunda-feira, 25 de março, revelam um quadro de pessimismo entre os brasileiros em relação à economia do país.
Conforme os resultados, 41% dos entrevistados expressaram a percepção de que a situação econômica piorou nos últimos meses, em contraposição aos 28% que identificaram melhorias.
Este é um marco significativo, marcando a primeira vez em que o “pessimismo” superou o “otimismo” desde o início das medições.
Em comparação com a pesquisa anterior, conduzida em dezembro, onde o pessimismo estava em 35% e o otimismo em 33%, houve uma alteração que se mantém dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, indicando um empate técnico.
Além disso, o Datafolha também investigou as expectativas para o futuro econômico do país.
Neste contexto, a proporção daqueles que preveem um avanço nos próximos meses caiu de 47% para 39% desde dezembro, embora ainda permaneça superior à proporção daqueles que esperam uma deterioração, que aumentou de 22% para 27%.
Aspectos específicos da economia, como inflação e desemprego, também estão contribuindo para o aumento do pessimismo entre os brasileiros.
Precisamente 60% dos entrevistados preveem um agravamento da inflação, em comparação com os 51% registrados em dezembro. Quanto ao desemprego, as expectativas de aumento subiram de 39% para 46%.
Avaliação do governo Lula em declínio em 2024 Uma pesquisa divulgada pela Atlas Intel nesta quinta-feira, 7 de março, revelou uma queda na avaliação do governo Lula em todas as áreas em 2024.
Segundo o instituto, a imagem negativa de Lula superou numericamente sua imagem positiva pela primeira vez desde agosto de 2022, sendo considerada como uma âncora de sustentação da aprovação governamental.
Atualmente, 49% dos entrevistados têm uma visão negativa de Lula, em comparação com os 47% que têm uma visão positiva. Esses números representam uma inversão em relação a janeiro, quando a visão positiva era de 53% e a negativa de 45%.
O CEO da Atlas Intel, Andrei Roman, enfatizou que o resultado mais significativo da pesquisa foi a mudança na percepção: “Tradicionalmente, a popularidade pessoal de Lula era crucial para a aprovação de seus governos. Pela primeira vez, o governo passa a ter uma percepção de desempenho superior à do presidente”.