As recentes aparições noturnas de Jair Bolsonaro na embaixada húngara em fevereiro têm despertado comparações com um episódio anterior envolvendo Lula (PT), datado de março de 2016, quando a revista Veja divulgou um suposto plano de fuga do ex-presidente condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Naquela ocasião, Lula, enfrentando uma condenação judicial, demonstrou relutância em se entregar às autoridades, buscando refúgio em um sindicato no ABC. Detalhes sobre essa situação foram divulgados em um vídeo, publicado nas redes sociais por seu fotógrafo pessoal, no qual o ex-presidente admitiu ter considerado a oportunidade de deixar o Brasil.
Similarmente a Bolsonaro, em 2018, Lula teve seu passaporte confiscado, o que o obrigou a cancelar uma viagem à África, levantando preocupações judiciais sobre a possibilidade de fuga.
“Eu poderia ter fugido”, afirmou. “Estive na divisa do Paraguai com o Brasil, estive em Foz do Iguaçu, próximo ao Uruguai e à Argentina.”
Em um discurso para sindicalistas, após sua liberação judicial, Lula reconheceu: “Eu poderia ter saído, poderia ter procurado abrigo em uma embaixada”.
Quanto à escolha do destino, Cuba e Venezuela foram logo descartadas. Lula tinha uma preferência pessoal pela Itália, uma vez que sua esposa, Marisa Letícia, e seus filhos possuíam cidadania italiana.
