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sábado, abril 27, 2024
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Crise da Dengue Assola o Brasil: Governo Sob Fogo por Inação e Atraso na Vacinação

Ministra da Saúde é Criticada por Declarações Tardias sobre Conexão com El Niño; População Clama por Medidas Urgentes

O Brasil enfrenta uma tragédia previsível com a epidemia de dengue, e o governo petista de Luiz Inácio Lula da Silva está no centro das críticas por sua ineficiência no combate à doença. Este foi o teor do editorial da Folha de S.Paulo, publicado na edição desta segunda-feira, 25.

Os números são alarmantes: mais de 2 milhões de possíveis casos foram registrados desde o início de 2024 até o dia 21 de março, representando um aumento de 19% em relação ao total de casos de 2023. Em apenas 81 dias, o país já contabilizou 682 óbitos pela doença, enquanto outros 1.042 casos estão sob investigação.

A situação é considerada fora do comum, mesmo para uma doença sazonal e cíclica como a dengue, que tende a se agravar no verão e apresentar surtos epidêmicos a cada quatro ou cinco anos. Para a Folha de S.Paulo, há sinais de que o governo poderia ter se antecipado a esse cenário.

A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, também foi alvo de críticas por suas declarações sobre a correlação entre o aumento de casos e o fenômeno El Niño, feitas no início deste mês. Embora a conexão seja verdadeira, o problema já era conhecido desde janeiro de 2023, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta global sobre a “ameaça pandêmica” da dengue devido às mudanças climáticas.

Desde então, a necessidade de uma campanha de conscientização robusta e a alocação de verbas em estrutura ambulatorial foram evidentes. No entanto, o governo Lula enfrentou críticas pela demora na distribuição da vacina japonesa Qdenga, que combate os quatro sorotipos da doença. Embora a Anvisa tenha aprovado a vacina em março de 2023, a autorização pelo Sistema Único de Saúde (SUS) só ocorreu nove meses depois, em dezembro.

Essa ineficiência na gestão pública, somada ao histórico negligente de vários governos em relação ao precário saneamento básico e ao desordenado crescimento urbano, são fatores associados à proliferação da dengue no país. Enquanto a epidemia avança, o debate sobre as falhas no combate à doença e a responsabilidade do governo ganham destaque, evidenciando a urgência de medidas efetivas para conter essa crise de saúde pública.

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